Em entrevista exclusiva ao jornal Correio da Manhã, Governador Cláudio Castro relembra visitas feitas a Petrópolis durante as tragédias que assolaram a cidade

Nesta semana o Governador Cláudio Castro deu uma entrevista exclusiva ao diretor da TVC, a Correio da Manhã, Cláudio Magnavita, que foi ao ar na última quarta-feira (15), data em que foram celebrados os 121 anos do jornal impresso do Correio da Manhã. Durante o encontro, Castro falou das dificuldades que superou durante o mandato e lembrou os momentos marcantes que vivenciou, quando esteve em Petrópolis após as fortes chuvas que atingiram a cidade.

Castro iniciou a entrevista agradecendo e elogiando o papel do jornal Correio da Manhã em informar o que acontece no Estado do Rio e no Brasil. “Acho que o Correio da Manhã, em suas diversas facetas, tem sido importante para a informação. Tem sido importante para a gente poder estar dando uma outra visão. Você tem uma forma holística diferente que eu gostaria de parabenizar e agradecer sua presença aqui”, disse Castro ao diretor do Correio da Manhã.

O governador lembrou ainda, que desde que assumiu interinamente a gestão do Estado do Rio de Janeiro, em 2019, precisou dialogar com a sociedade afim de encontrar o seu espaço como governador, já que não foi eleito por votos na urna. Com as eleições deste ano, ele fala que se sente confiante com o papel que cumpriu até agora, mudando principalmente, o cenário inicial da pandemia no estado.

“Eu mudei a forma do Estado lidar com a pandemia. O Estado, em primeiro lugar, tinha um perfil igual a outros estados de fazer o que achava que dava na telha e pronto. Eu, logo de início, inicio a temporada do diálogo. Então no que antes tomava-se a decisão e comunicava-se os outros, eu passei a dialogar com a cadeia produtiva, com a saúde, os prefeitos… não mais impor a eles restrições, mas construir com eles as saídas melhores”, disse o governador.

Tragédia em Petrópolis

Ainda durante a entrevista, Cláudio Castro lembrou do que viu em Petrópolis, após a primeira tragédia desta ano e ao longo dos 15 dias que permaneceu na cidade. Ele falou também, sobre o que mais o marcou em um momento tão traumático para os petropolitanos, e todo o trabalho de urgência que foi realizado. Desde o início, o Governo do Estado assumiu seis obras emergenciais de urgência em Petrópolis.

“A cidade era um nó, Magnavita. Um nó. A marca d’água era mais alta que eu. Eu vi carro empilhado em cima de carro. Cena que parece ser de filme. Tinha um carro que estava pendurado no poste. Nós chegamos lá e eu fui primeiro no Corpo de Bombeiros. Os bombeiros não conseguiam chegar nos lugares e estavam indo a pé porque o volume da água ainda estava alto e o trânsito tinha parado a cidade. A cidade foi pega na hora do rush, as pessoas já tinham saído e não tinha mais como voltar”, lembrou Castro.

O diretor do jornal Correio da Manhã, Cláudio Magnavita, aproveitou o encontro para lembrar de uma foto marcante, feita pela equipe do jornal, onde Castro aparece abraçando um morador do Morro da Oficina. A foto, foi capa de uma das edições do jornal.

“Quando eu cheguei lá ainda estavam fazendo os caminhos para o Corpo de Bombeiros passar. Naquela hora, ainda era o primeiro dia e os corpos estavam sendo retirados e ainda estava saindo gente com vida. Um senhor, muito nervoso, ele estava empurrando o bombeiro e querendo subir desesperadamente. Eu segurei no ombro dele e falei ‘amigo, calma’ quando ele me viu, tomou um susto e falou assim ‘governador?’. Imagina, o governador ali, com lama até o joelho no marco zero. Ele falou ‘governador, tem nove entes da minha família ali, meus dois filhos, minha mulher, minha mãe e minha sogra’… Aí Magnativa, não tinha o que fazer, eu só dei um abraço nele”, lembrou o governador.

Durante a conversa Cláudio Castro revelou também que tem como meta e sonho pessoal combater o desemprego, ampliando o trabalho social que sempre realizou na vida pública. Por fim, ele reafirmou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

“Eu sonho que ninguém fique mais sem emprego. Eu entendo que o emprego, o trabalho, a atividade, é a mola motriz da sociedade. Esse é o grande motivo que eu acho que o presidente Bolsonaro merece um segundo mandato. O presidente Bolsonaro teve dois anos de pandemia, teve aquela questão das comodities e agora está com seis meses em guerra. Ainda assim, eu não tenho dúvidas de que a equipe dele preparou o Brasil para crescer”, finalizou Cláudio Castro.

Por Raphaela Cordeiro

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