Índice de confiança do empresário industrial cresce 1,3 pontos

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) a confiança do empresário do setor cresceu 1,3 pontos no primeiro trimestre deste ano, atingindo 57,4 pontos, o maior registrado nos últimos oito meses. A redução do desemprego e a expectativa para um aumento no consumo das famílias brasileiras foram os fatores que influenciaram no crescimento.
No entanto, o levantamento aponta que a expectativa para os próximos seis meses não deve seguir o mesmo patamar de crescimento que o início do ano, pois questões internacionais, como, a guerra na Ucrânia que se estende por 142 dias, a desaceleração econômica dos EUA e os temores de novos lockdowns na China por conta da covid-19, têm deixado os empresários cautelosos. Apesar da situação, o índice permanece acima da média histórica de 54,2 pontos.
De acordo com Jonathas Goulart, Gerente de Estudos Econômicos da Firjan, o crescimento no setor, tem variado conforme a área. “No primeiro trimestre, a economia fluminense cresceu significativo quando comparado o mesmo período do ano passado, muito por conta de duas áreas específicas, a indústria extrativa e a construção civil. Por outro lado, a indústria de transformação, por exemplo, cresceu apenas 0,4% por conta da logística e de importação e pelo cenário de inflação, que tem aumentado a taxa de juros”. A expectativa é que o setor cresça 2% até o fim deste ano, mas o cenário político, devido as eleições e o cenário inflacionário podem modificar a expectativa de crescimento.
O setor industrial tem grande impacto na economia brasileira. Em 2021, de acordo com a CNI, R$1,6 bilhão foram gerados pela indústria, o que correspondeu a 22,2% do PIB do país. Dentre principais áreas atuantes na indústria estão: eletricidade e gás, alimentos, construção civil, extração de petróleo e gás natural, obras ligadas a infraestrutura, químicos, extração de minerais, veículos e derivados de petróleo e biocombustíveis. O estado com maior representatividade é São Paulo, que contém 28% das indústrias em atividade no país. Quando relacionado a geração de empregos, o setor obtém 20,9% do mercado de trabalho formal.
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