Prazo de decisão da justiça para retorno da frota integral de ônibus em Petrópolis venceu há um mês

No dia 10 de junho, o Juiz da 4ª Vara Cível de Petrópolis, Jorge Martins, decidiu pelo retorno de 100% da frota e de todos os horários dos ônibus municipais, com base no que era praticado antes da pandemia. Em maio, a Procuradoria-Geral do município encaminhou um ofício à justiça pedindo o retorno imediato de 100% da frota. Pela decisão, as empresas teriam até o dia 25 de junho para restabelecer os serviços. Mas, após mais de um mês do vencimento do prazo, isso ainda não aconteceu.
Janaína Soares é moradora da localidade Gulf e conta que o ônibus demora até três horas para fazer o trajeto Centro X Bairro.” Mesmo antes da pandemia mudaram os horários e colocaram o ônibus para atender dois bairros. Isso dificulta a vida dos passageiros do Gulf e do Getúlio Vargas”, conta a estudante
Não é de hoje que os passageiros do transporte coletivo de Petrópolis reclamam das condições dos ônibus. No terminal rodoviário, por exemplo, as filas são intermináveis e a revolta de quem depende do transporte público é notável.
Mesmo com a tarifa a R$ 4,95, a qualidade e o serviço prestados pelas empresas de ônibus desagradam os usuários. Os coletivos apresentam desgastes, assentos quebrados e soltos, que geram risco de acidente aos passageiros. Na localidade do Rio de Janeiro, os moradores reclamam que os veículos atrasam tanto, que a espera no terminal chega a mais de uma hora. “São cinco ônibus e ficamos mais de uma hora esperando. É muito difícil”, reclama o aposentado, Oscar da Silva.
Vanda Almeida também mora da localidade e reclama das condições dos veículos. “Está tudo quebrado e com baratas. Preciso chegar em casa e limpar a bolsa para remover os insetos”, conta a aposentada.
Em nota, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) informou que tem fiscalizado, e que diariamente envia relatórios ao judiciário com o nível de operação. Até o momento já foram emitidas 156 infrações que resultaram em mais de 213 mil reais em multas.
A TV do Correio da Manhã entrou em contato com o Setranspetro, sobre o retorno integral da frota, mas até o fechamento da reportagem, o sindicato ainda não havia se posicionado em relação aos problemas citados.
Por Larissa Martins