Falta de acessibilidade nos coletivos de Petrópolis gera reclamação dos usuários

Quem depende do transporte público em Petrópolis precisa ter paciência. São quebras, atrasos e supressão de linhas sem aviso prévio. E, quando surge a necessidade de usar os elevadores, a situação fica ainda pior. Essa é a realidade de alguns petropolitanos no dia a dia.

Jéssica Lima é apresentadora e tem um filho com necessidades especiais. Quando ela precisa levar a criança, de sete anos, para a fisioterapia, as dificuldades são desgastantes. Na última semana, na tentativa de embarcar no ônibus 2024, da empresa de ônibus Petro Ita, ela não conseguiu realizar a viagem porque o elevador de cadeirantes estava quebrado.

Mas esse não é o único problema em relação aos coletivos. A falta da trava de segurança para os cadeirantes também é alvo de reclamação, assim como a dificuldade em realizar a renovação do cartão especial. De acordo com Jéssica, a falta de desrespeito com os portadores de deficiência em Petrópolis é grande. “Eu por diversas vezes precisei deixar de embarcar porque o elevador não funcionava ou porque não havia trava. Não vou andar com meu filho solto no ônibus”, informou.

Mônica da Costa também passou por dificuldades ao tentar garantir o direito do filho Cristiano, de apenas cinco anos. “Ele tem autismo comprovado por meio de laudo médico, mas ao tentar renovar o cartão dele, não consegui porque o laudo está vencido. Mas autismo não tem cura… Já são quatro meses de tentativas. Considero um desrespeito”, informou.

Mas as dificuldades não acometem apenas as mães e crianças. Ricardo dos Santos é cadeirante e reside no Sargento Boening. Muitas vezes ele precisa esperar três horas por um ônibus. “É bem difícil porque entro nos ônibus me arrastando. Além da falta de elevador, muitos não tem a trava do cinto. As linhas 2024, 2045, 2031, nenhum funciona”, esclareceu.

A equipe do Correio da Manhã entrou em contato com o Setranspetro para questionar o funcionamento dos elevadores, mas não obteve resposta.

Richard Stoltzenburg/Foto: Wendel Fernandes

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