Após a suspensão do novo piso salarial dos enfermeiros, pelo Supremo Tribunal Federal na última sexta-feira (16), os enfermeiros têm realizado movimentos em diversas regiões do país, em protestos contra a suspensão do valor. Em Petrópolis a categoria também deve se manifestar ainda esta semana.

De acordo com a categoria, o receio é que a suspensão do piso possa ser prorrogada além dos 60 dias, devido as eleições. O STF suspendeu o reajuste por 7×4. De acordo com os ministros, a justificativa é que o novo reajuste acarretaria em demissões em massa e na sobrecarga de funcionários. Na manhã desta segunda-feira (19), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, apresentou quatro projetos para tentar viabilizar o pagamento.

O piso, sancionado pelo Presidente Jair Bolsonaro no dia quatro de agosto, determina que o piso salarial dos enfermeiros seja de R$ 4.750, já para técnicos de enfermagem de R$ 3.325 e auxiliares e parteiras de R$ 2.275.

Para Francisco Thomaz, técnico de enfermagem, a suspensão foi considerada como um desrespeito a categoria. “Estamos nessa luta há 25 anos. A lei foi aprovada no Congresso, sancionada pelo presidente e de repente há essa suspensão, nós nos sentimos desrespeitados. Durante a pandemia fomos heróis e agora somos os vilões”, esclareceu.

De acordo com Francisco, o sindicato da Saúde de Petrópolis tem apoiado a causa e disponibilizou um carro de som e bandeiras para o movimento que será realizado na Praça da Inconfidência. “Estaremos com narizes de palhaço e faremos um protesto pacífico. A nossa expectativa é que atendam ao nosso pedido”, concluiu Francisco Thomaz.

Por Richard Stoltzenburg/ foto: Divulgação