Sindicato do Vestuário consegue reajuste salarial para a categoria em Petrópolis

O Sindicato do Vestuário entrou no período de data base em setembro. O período é o momento para ser realizada a correção salarial e revisão das condições de trabalho especificadas por acordo, convenção ou dissídio coletivo. Após diversas reuniões foi possível garantir um reajuste salarial de 10% para os trabalhadores da categoria, que atuam em Petrópolis e recebem até R$ 2 mil, além do arredondamento dos pisos.
“Este período é importante para recompor o salário na perda que a inflação faz durante cada mês”, esclareceu o presidente do Sindicato do Vestuário em Petrópolis, Jorge Mussel.
Ainda segundo ele, um reajuste como este é essencial para a categoria, que além de ter sido abalada durante o período de isolamento social, ficou defasada com as tragédias de fevereiro e março. “A gente entende que as empresas passaram por dificuldades, mas para o trabalhador este período também foi muito difícil. Viver em Petrópolis é caro! Os aluguéis são absurdos, sem contar as contas de água e luz. Não preciso nem falar das compras em mercados. O patronal entendeu a importância de fortalecer o funcionário, já que o trabalhador satisfeito rende muito mais para a própria empresa”, disse ele.
Os salários de trabalhadores contratados para as funções de costureira, estampador, contador, overloquista, retista, colaretista e operador de audaces passam a receber R$ 1.650. Já para as passadeiras, a remuneração será de R$ 1.410. Para as demais funções, o salário passou para R$1.390.
Além do reajuste, outra conquista da categoria foi o vale combustível. Agora, a empresa pode optar pelo serviço ao invés do vale transporte, em que será entregue ao funcionário o mesmo valor. Para este segundo semestre de 2022, a expectativa do presidente do sindicato é de uma movimentação maior do setor.
“O mercado de trabalho em Petrópolis está muito aquecido, neste fim de ano, para o setor de confecção. Para a Rua Teresa as expectativas estão altas neste segundo semestre, coleções novas de primavera/verão, além de Natal e outras datas festivas. E temos que retomar a grandeza da Rua Teresa, como o maior shopping de céu aberto da América Latina”, finalizou Jorge.
Por Gabriel Faxola/Imagens: Wendel Fernandes