Prefeitura de Petrópolis cria Conselho Municipal de Defesa Civil

A prefeitura de Petrópolis apresentou na última segunda-feira (07), no Instituto Teológico Franciscano, o plano de contingência para 2023 e divulgou a abertura do Conselho Municipal de Defesa Civil. O conselho vai contar com 26 membros, sendo 13 representantes do poder público e 13 da sociedade civil, com o objetivo de apoiar as ações da secretaria. A criação do grupo de trabalho foi uma determinação da 4ª Vara Cível de Petrópolis, após as tragédias registradas no início do ano.

Entre as ações do Plano de Contingência estão: novos protocolos para possíveis emergências, e capacitação de moradores para os primeiros socorros. No ano passado, o plano viabilizaria 23 Núcleos Comunitários da Defesa Civil (NUDEC) desses, 21 foram criados e auxiliam cerca de 70 comunidades.

De acordo com o Secretário da pasta, Gil Kempers as ações de prevenção foram o foco do plano para 2023. “Haverá a implementação de um sistema de inundação no centro, em que há previsão do fechamento da Coronel Veiga com cancelas automáticas e também sirenes. Esse protocolo vai ser feito em parceria com lojistas e com o Setranspetro”, informa.

O plano também engloba a ampliação dos pontos de apoio nas localidades, aumentar a capacitação dos moradores em situações de emergência e um mapeamento participativo. “As ações visam essa capacitação pois não podemos evitar às chuvas, mas podemos minimizar as vítimas com uma atuação estratégica”, comenta Gil Kempers.

Durante o evento, foi anunciado um fundo de proteção da defesa civil, que terá uma verba de R$ 1,5 milhão por ano para ações conforme a demanda da pasta. Parte do orçamento será utilizado para a ampliação do centro de monitoramento (CIMOP) e a compra de novos veículos, que de acordo com a prefeitura, desde 2013 não são renovados.

Apesar das novas ações e medidas apresentadas, parte da população ainda vive com medo do período chuvoso, visto que muitas localidades ainda apresentam um cenário frágil, como no Castelânea e Morro da Oficina. Para a presidente da Associação dos Moradores do Castelânea, Juliana Esteves, as medidas são importantes, mas muito ainda precisa ser feito. “Essas ações são importantes, mas foram anunciadas muito tarde, pois estamos em novembro e algumas localidades nada foi feito. Há ruas que ainda estão sem acesso, então ainda é preocupante acompanhar a situação dos moradores”, desabafa.

De acordo com a prefeitura, a sede da defesa civil localizada na Rua Buarque de Macedo, no Morin, vai ser realocada no prédio do Inpas, na Rua Doutor Alencar Lima. A expectativa é que a alteração seja feita ainda no primeiro semestre de 2023.

Por Richard Stoltzenburg

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