Chuvas de verão se aproximam e dragagem dos rios ainda está em andamento em Petrópolis

As operações de dragagem nos rios de Petrópolis ainda está sendo realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA), através do programa “Limpa Rio”. A iniciativa se deu por um pedido da Prefeitura de Petrópolis através da Secretaria de Serviços e Ordem Pública, para evitar transbordamentos, principalmente neste período de chuvas fortes.
O trabalho de dragagem dos rios de Petrópolis, realizado pelo INEA, conta com uma escavadeira hidráulica para fazer a remoção de sedimentos que podem atrapalhar o curso natural da água, como areia, pedras, mato ou mesmo lixo. Esses materiais podem contribuir para elevar os níveis dos rios e potencializar a possibilidade de transbordamentos. A limpeza começou na altura do início da Rua João Xavier e vai até o Palácio de Cristal. O programa “Limpa Rio” também vem sendo realizado no Rio Quitandinha e vai até o Obelisco.
Esta é a maior operação de dragagem de rios na história de Petrópolis. Pela primeira vez, oito frentes de trabalho atuam simultaneamente no desassoreamento dos rios e córregos do município. Os serviços de drenagem começaram no mês de março e ainda estão em andamento, com previsão para serem finalizadas no início do ano que vem. “A partir do dia 25 de março a gente começou já o processo de prevenção, uma vez que as obras definitivas vão demorar um pouco mais para serem executadas e melhorar a vida do petropolitano durante o verão”, disse o presidente do INEA, Philipe Campello.
Segundo o presidente do INEA, a dragagem dos rios é feita todos os dias e já foram realizados aproximadamente 6 km de desassoreamento dos rios e que mais de 80 mil m³ de sedimentos foram retirados dos rios e córregos. Recentemente, as frentes de trabalho foram intesificadas atuando hoje em oito, de responsabilidade do INEA. “Nesse momento nós estamos com oito frentes de trabalho aí e deve ser complementado agora com a prefeitura. A prefeitura também está abrindo mais frentes de trabalho dela e a gente está agindo de forma sinérgica para melhorar o escoamento neste final”, disse o presidente.
A intensificação dos trabalhos só foi dada após oito meses de tragédia, o que é preocupante, já que as chuvas de verão já estão se aproximando. Antes mesmo da chegada da estação, a cidade já registrou fortes chuvas, que resultaram em alagamentos. É o caso da Rua Coronel Veiga, que ainda tem trechos obstruídos por barreiras.
“A chuva em Petrópolis não é uma ação isolada. Então são várias ações feitas de forma integrada. Não tem como a gente realizar o desassoreamento se a CPTrans não nos ajudar com o trânsito, não tem como as nossas ações serem efetivas se a Comdep também não nos apoiar com outros temas, a Secretaria Municipal do Ambiente com a liberação do ‘bota fora’. Então é uma ação que tem que envolver todos os entes. São várias frentes de trabalho que estão sendo criadas e elas tem que ser realizadas de forma sinérgica para que o resultado seja o melhor possível para os moradores da cidade de Petrópolis”, explicou Philipe Campello.
A prefeitura informou que também está trabalhando na limpeza e desobstrução dos bueiros, bocas de lobos e galerias do município. A estimativa é que cerca de 220 bueiros sejam limpos por dia no município pela companhia. A liberação de R$ 12 milhões em recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional, que estão sob a responsabilidade do município, vai possibilitar a abertura de mais 13 frentes de trabalho para realizar a limpeza mecânica e manual.
Por Raphaela Cordeiro