Campanha Janeiro Branco alerta para os cuidados com a saúde mental

Neste mês, a campanha Janeiro Branco alerta para os cuidados com a saúde mental. Este é um movimento social dedicado à construção de uma cultura da saúde mental na humanidade, e se tornou cada vez mais importante, principalmente após a pandemia. O movimento é novo, mas de grande importância, tendo em vista os estigmas que ainda existem em torno de doenças ou transtornos mentais e psiquiátricos.

“O Janeiro Branco é bastante importante porque as pessoas estão muito atentas à questão da saúde mental. É preciso ter um cuidado. É preciso perceber um momento de depressão e várias questões que vão pontuando a necessidade de buscar ajuda de um psicólogo ou um psiquiatra. Então é muito importante alertar às pessoas para essa importância da saúde mental”, disse o psicólogo Antônio Carlos Pires.

A escolha do mês foi porque janeiro é considerado uma espécie de portal entre ciclos que se fecham e ciclos que se abrem, com o início do novo ano. Já a cor branca foi escolhida por representar “folhas em branco”, onde é possível escrever ou desenhar novas expectativas e mudanças, que desejamos concretizar. O Janeiro Branco promove palestras, oficinas e cursos para tratar sobre o assunto.

Nos últimos anos, falar sobre saúde mental se tornou cada vez mais necessário, já que, após a pandemia da Covid-19 os casos de doenças psiquiátricas se tornaram mais frequentes. “Eu trabalho há seis anos em uma clínica e quando eu comecei lá, eram 20 pacientes. Atualmente, estamos com mais de 100. Principalmente na parte de psiquiatria aumentou muito. Vários fatores contribuíram para isso, como isolamento social, que foi necessário em virtude da Covid-19. As pessoas ficaram muito sozinhas e cada vez mais existe a necessidade desse cuidado”, disse o psicólogo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%. Assim como a preocupação das autoridades em relação a estas doenças. Segundo o departamento de informática do sistema único de saúde (DataSUS), cerca de 90% dos países pesquisados já incluíram a saúde mental e o apoio psicossocial em seus planos de resposta à covid-19. O levantamento apontou ainda que o total de óbitos no país por lesões autoprovocadas dobrou nos últimos 20 anos, passando de 7 mil para 14 mil.

Por Raphaela Cordeiro/Foto: Marcelo Camargo -Agência Brasil

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