Um importante ponto de atendimento para os moradores da região do retiro, A Unidade Básica de Saúde (UBS Retiro), está fechada há mais de um ano, após ter sofrido danos causados pelas chuvas de fevereiro de 2022. Parte da estrutura do espaço foi danificada, o muro, que ficava na parte de traz do prédio, foi arrastado pela enxurrada. Desde então, todas as pessoas que buscam atendimento no local precisam se deslocar para outras unidades de saúde no município.

No dia 03/01/2023, a prefeitura havia informado que a empresa vencedora da licitação, para a reforma e recuperação da UBS, iniciaria a obra no dia nove do mesmo mês. Com isso, tapumes foram instalados no local.
Na placa, que contém informações sobre a obra, está sinalizado que o valor investido foi R$ 192.375,92 e o prazo de conclusão era dia 01/04 deste ano. Já se passaram 26 dias e a obra ainda não foi concluída. Entre as intervenções que estavam previstas para a unidade estavam: a substituição de todas as portas e janelas, a instalação da nova rede elétrica, concretagem dos pátios, desobstrução das redes coletoras de águas pluviais, entre outros serviços.

Uma moradora da região que utilizava a unidade, foi em busca de atendimento no Centro de Saúde Coletiva, nesta quinta-feira (27), mas os números distribuídos não foram suficientes para a demanda de pacientes que procuram o espaço. “É a segunda vez que vou até a unidade tentar agendar atendimento para ginecologia, mas não consegui, porque os números acabaram antes de todos serem atendidos. Quando procurei outra unidade de saúde fui informada que não poderia ser atendida por não ser do bairro. Já tentei consulta no Hospital Alcides Carneiro também, mas é muito difícil de conseguir. Não só eu, mas todos os usuários da UBS Retiro precisamos do postinho de volta”, desabafa a assistente de dentista, Maria Nazaré de Carvalho.

Rafaela Carvalho, dona de casa, que também vive na região do retiro, reclama da demora para conclusão da obra. Ela precisou levar a filha para ser vacinada, em outras unidades de saúde. “A distância é um empecilho para quem precisa de atendimento. As vezes não temos condições de arcar com os gastos com o transporte público e precisamos nos deslocar. Inclusive, quando vamos na UPA Cascatinha está sempre lotada e os médicos demoram muito para atender os pacientes. A prefeitura coloca um prazo para finalizar a obra, nas nunca cumpre”, reclama.

Questionada a Prefeitura de Petrópolis não se pronunciou sobre o caso.

Por Larissa Martins/Foto: TVC