Em sessão na Alerj, deputado critica falta de política habitacional em Petrópolis

Richard Stoltzenburg
Petrópolis virou pauta na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, neste mês. Durante a sessão o deputado estadual, Sérgio Fernandes, criticou a falta de políticas públicas em prol da criação de moradias, que beneficiem aqueles que perderam tudo em tragédias já registradas na cidade. Para se ter uma ideia, ainda existem famílias, afetadas pelas chuvas do ano de 2011, que dependem do aluguel social.
De acordo com o movimento Aluguel Social e Moradia de Petrópolis, a cidade apresenta um déficit habitacional de 12 mil unidades. Até o momento, mais de 3,7 mil famílias, atingidas em 2022, continuam sem moradia e enquanto isso, o prédio, localizado na Floriano Peixoto, sequer tem previsão para ser disponibilizado a quem precisa.
Em audiência realizada na 4ª Vara Cível de Petrópolis, em outubro do ano passado, foi apresentado que a prefeitura gasta 10 milhões de reais com o aluguel social. Dentre os beneficiados estão vítimas de tragédias registradas nos anos de 2011, 2013 e 2022.
De acordo com o parlamentar, um questionamento foi enviado a prefeitura de Petrópolis para agilizar os trâmites burocráticos para a construção de unidades habitacionais. Em 2021 o Governo do Estado apresentou projetos para a construção de 350 unidades residenciais nas localidades: Mosela, Benfica e Vale do Cuiabá. Contudo, é necessário que a prefeitura regularize os terrenos. O deputado ainda cobra um planejamento imediato para a criação de políticas públicas habitacionais. “O aluguel social não deve ser uma política pública de moradia, mas é isso que temos visto. Temos informações do Governo do Estado que a prefeitura não dialoga, dificulta as relações. Nós enviamos um ofício ao Governo Federal e foi informado que há verbas”, comenta, Sérgio dizendo que para a liberação do recurso, é preciso que os projetos sejam encaminhados ao Governo Federal.