Objetivo é valorizar as tradições históricas e desenvolver o turismo cervejeiro na região

Por Leandra Lima 

Petrópolis recebeu da União o título de “Berço Imperial da Cerveja” no estado do Rio de Janeiro. O objetivo é valorizar a tradição histórica do fazer cervejeiro na cidade, que vem de uma herança portuguesa e alemã, além de fomentar a economia e o turismo na região.  Para o autor do projeto de lei, o ex-deputado federal Vinicius Farah (União), o município é um dos mais importantes impulsionadores da produção de cerveja na indústria brasileira. A publicação foi feita no Diário Oficial da União, no dia 29 de maio.

Vinicius justificou que o título é uma forma de destacar a essência cervejeira da Cidade Imperial. “[….] A cidade merece essa justa homenagem por ser o berço e cultivar o hábito de apreciar uma boa cerveja, bebida que teria chegado ao Brasil pelas mãos dos monarcas portugueses, em 1808. A partir da década de 1840, quando começaram a chegar a Petrópolis os imigrantes alemães, o lugar foi se convertendo em uma das principais referências no assunto […]”, trecho do projeto de lei. 

Há mais de um século já existem registros de produção de cervejas em Petrópolis, seja em escala industrial, ou artesanalmente. Segundo o deputado, tudo isso e sua importância histórica coloca Petrópolis como um dos mais importantes municípios brasileiros na produção de cerveja.

Petrópolis já é considerada “Capital Estadual da Cerveja”, um incentivo feito pelo Estado do Rio de Janeiro que regulamentou o setor e possibilitou a expansão de produtores independentes. Agora, com mais um título, que deu um reconhecimento nacional para o segmento, o município se torna o principal ponto de parada na rota turística dos amantes da bebida, possibilitando cada vez mais o crescimento potencial do setor.

Para Leandro Leal, presidente da Associação das Microcervejarias de Petrópolis, a denominação em si é um reconhecimento muito importante para o segmento, com grande potencial para desenvolver o turismo cervejeiro. “Temos a tradição, trazida pelos imigrantes alemães, possuímos a primeira cervejaria do país ainda em atividade, e temos 20 marcas de cerveja artesanal trabalhando incansavelmente para honrar tudo isso”, disse. 

A beer sommelière Juliana Souza, que é bem ativa no setor, reafirmando o lugar das mulheres no meio, fala que para a produção artesanal, esse movimento é um impulso a mais. “O campo das cervejas artesanais vem movimentando a economia local. Como uma parte do meu trabalho é direto com o público, é muito claro que grande parte dos turistas que chegam até aqui, é para conhecer a nossa fama cervejeira. E com certeza, receber esse título, vai movimentar ainda mais a economia, o turismo e valorizar a história da cerveja em nosso município”, expressou.