A atividade faz parte do projeto “Cartografias do Ecossistema de Inovação Social de Petrópolis”

No próximo dia 03 de julho, quarta-feira, às 19 horas, o Cefet Petrópolis abre as portas para a primeira oficina do projeto “Cartografias do Ecossistema de Inovação Social de Petrópolis”, que tem trabalhado na pesquisa de reconhecimento da rede de organizações, entidades, coletivos, grupos (formais e não formais) que se mobilizam para buscar e/ou propor soluções para problemas públicos da cidade. Podemos citar, pensando na área da Educação como exemplo, iniciativas que se movimentam para facilitar o acesso de crianças à escola nas comunidades periféricas, ou que tentam encontrar caminhos para a alta demanda por creches com horários que permitam às mulheres se manterem no mercado de trabalho, entre muitas outras possibilidades ligadas ao setor.

A proposta desta primeira oficina é apresentar o projeto e o formulário que temos aplicado para estruturação das informações e dos perfis dessas iniciativas de forma mais ampla, com intenção de que já possamos começar a alimentar a plataforma digital que está em desenvolvimento e que servirá como ferramenta para dinamização dessa rede, assim como orientar e ajudar no preenchimento do formulário.

A pesquisa é uma parceria entre o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Instituto Phillipe Guédon e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), e tem a coordenação do professor Gustavo Costa da UFRJ.

“Quem precisa fazer uso do transporte público de Petrópolis; tem filhas e filhos que frequentam as escolas do município ou quem trabalha na área da Educação; quem mora nas encostas das montanhas ou nos vales, próximo aos rios, quem utiliza o sistema público de saúde e frequenta os hospitais, quem interage com a cultura local e conhece a história de Petrópolis; enfim, quem vive e trabalha neste município da Região Serrana do Rio e está entre seus mais de 300 mil habitantes, sabe que são muitos os problemas públicos enfrentados por todas e todos que constroem esta cidade diariamente. Muitas pessoas se mobilizam para tentar solucionar esses problemas urgentes que são de muitos de nós, são essas iniciativas que chamamos de inovações sociais. A ideia da pesquisa é fazer todo um levantamento desse tipo de movimento popular para alimentar a plataforma digital que estamos desenvolvendo no projeto e cruzar informações agrupando essas iniciativas por interesses, localização, construindo mapas que facilitem, não apenas o diálogo entre essas inovações sociais, mas também o contato com atores de suporte, como instituições e universidades que possam colaborar, até financeiramente, e fortalecer as lutas perante o poder público”, comenta o professor Gustavo Costa.

O mapeamento das iniciativas reconhecidas enquanto inovações sociais e as entrevistas com seus responsáveis a partir do preenchimento do formulário base da plataforma, assim como o reconhecimento dos atores de suporte, fazem parte de uma primeira etapa da pesquisa. Segundo o coordenador, com a plataforma digital no ar com esse primeiro mapeamento realizado, ela ficará aberta para que outras iniciativas possam se cadastrar e assim a rede passe a se alimentar de forma orgânica. Trata-se de uma plataforma colaborativa que deve funcionar como uma ferramenta pública. “Entendemos que tal ferramenta pode estimular melhores práticas de transparência, participação social e gestão de informações. Conectada com uma base cartográfica, a plataforma terá a capacidade de gerar múltiplas leituras espaciais do conjunto de relações que compõem a rede do Ecossistema de

Inovação Social de Petrópolis (EIS-Petrópolis), conectando suas expressões espaciais, temporais e informacionais”, completa o professor.

A primeira oficina funcionará para apresentação do projeto e para colaborar no preenchimento do formulário, mas ele está disponível para quem desejar se cadastrar através do link https://forms.gle/8NTiEcqFjvSKYpLr9. As próximas oficinas, que também devem acontecer ainda ao longo do mês de julho deste ano, têm a proposta de serem temáticas a partir da identificação das principais arenas públicas em torno das quais a população se mobiliza, como a Educação, já citada como exemplo, Direito de Crianças e Adolescentes, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, que engloba problemas como a vulnerabilidade social das pessoas em áreas de risco, o direito à moradia, o direito ao transporte e a desigualdade racial, por exemplo, entre outras.

Com a plataforma, que deve estar finalizada para lançamento ainda este ano, durante um Simpósio sobre Inovações Sociais com estudiosos da área que também está no calendário do projeto, os pesquisadores pretendem tornar a rede de inovações sociais de Petrópolis conhecida, a fim de prover meios para dinamizar as interações entre as iniciativas e abrir possibilidade para o surgimento de mais inovações sociais.

Serviço: Oficina de apresentação e cadastro Data: 03/07/2024 Hora: 19 horas Local: Salão Nobre do Cefet Petrópolis

Texto elaborado pela equipe de pesquisadores do projeto EIS.

Foto: divulgação