Defesa da empresa Petro Ita alega que prefeitura de Petrópolis deve cerca de R$15 milhões em repasses

Após a justiça indeferir o pedido de tutela de urgência da empresa Petro Ita, para suspender os decretos da Prefeitura de Petrópolis, que decretaram a caducidade do contrato da empresa, a defesa da empresa afirmou na justiça que, o município não realizou os repasses referentes a gratuidade dos estudantes.
Na defesa apresentada à justiça foram citados os motivos que resultaram na crise financeira da Petro Ita. Entre eles, que a prefeitura de Petrópolis não realizou os reajustes tarifários previstos e que o município deixou de repassar os valores referentes a gratuidade dos estudantes, no valor de quase R$ 15 milhões, o que também foi parar na justiça.
A defesa alegou ainda que a queda no número de passageiros pagantes e as alterações no mercado de trabalho, também prejudicaram a saúde da empresa. Em outro trecho do documento, a defesa diz também que a prefeitura não realizou investimentos viários, o que implicou em mais gastos com combustível, por exemplo.
Outras ações foram ajuizadas contra a prefeitura, uma no valor de mais de R$ 7 milhões por desequilíbrio econômico financeiro, referentes a cinco anos de operação, entre 2012 e 2017 e outra no valor de R$ 5 milhões para corrigir à diferença tarifária existente durante todo o período em que vigorou a tarifa defasada e o reajuste dela. Ao todo, os processos judicias pedem um ressarcimento superior a mais de R$ 58 milhões à empresa.
Por outro lado, a prefeitura de Petrópolis afirma que a empresa não tem condições de operar na cidade, e citou os recentes acidentes registrados envolvendo os coletivos da Petro Ita. O município utilizou até imagens e prints de redes sociais, e de reportagens veiculadas pela imprensa, para justificar a publicação dos decretos.
Enquanto essa novela não acaba, a população continua enfrentando problemas com os coletivos da Petro Ita. Somente nesta sexta-feira (30), nove veículos quebraram e duas linhas não operaram por falta de ônibus.
Questionados a prefeitura de Petrópolis e o Setranspetro não se pronunciaram sobre o assunto.
Foto: arquivo