De acordo com uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com a Deloitte, o uso de canais digitais para operações bancárias cresceu 23% no ano passado. O número representa sete em cada dez operações no Brasil. A pesquisa mostrou um crescimento de 28% nas operações com smartphones, que totalizaram 67 bilhões, e representam 56% do total. As transações por internet banking aumentaram 6%. Além disso, a movimentação financeira pelo celular teve crescimento de 75% no ano passado, passando de 9 bilhões e 300 milhões de transações para 16 bilhões e 300 milhões de operações.

A pesquisa revela ainda que as transações relacionadas a pagamentos cresceram 72% no mobile banking. E, pela primeira vez, o número de abertura de contas por meios digitais superou o uso de canais físicos para essa mesma operação. Abrir contas pelo digital chegou a quase 11 milhões em 2021, um aumento de 66% em relação a 2020. O uso de canais físicos para este fim totalizou quase 10 milhões, 16% a mais do que no ano anterior.

Sobre o assunto, a população se divide. Existem aqueles que preferem a praticidade do mobile e outros que só confiam no atendimento presencial. “O pix foi a melhor coisa que inventaram, é muito fácil resolver tudo do sofá de casa. Sem contar que ninguém gosta de enfrentar filas. Claro que podem acontecer fraudes, mas se a gente tomar cuidado ajuda muito”, disse autônomo, Andreas do Valle.

Já para Marcela Farias, mesmo com a praticidade, nem sempre tem como fugir das filas. “Hoje eu precisava fazer uma transação, mas eu não tinha sinal de internet então precisei vir até o banco. Eu também não tinha nenhum dinheiro físico então estou aqui na fila. Nem sempre tem como fugir da agência física”, explicou a dona de casa.

O estudo também evidenciou o crescimento do Pix, sistema de pagamento instantâneo em funcionamento desde novembro de 2020. Os dados trazidos pela Febraban e pela Deloitte mostram um crescimento de 809% no número de usuários que pagaram mais de 30 Pixs por mês entre março de 2021 e março de 2022. Além disso, o ritmo de expansão de recebimento de mais de 30 Pix por mês em pessoas físicas é maior do que em pessoas jurídicas. Para a federação, isso mostra o potencial de expansão do uso do Pix em lojas e prestadores de serviços.

Foto: Wendel Fernandes